Da relação entre uma banda de música e um faval Ou Da continuação da saga dos furos Ou De como se pode ir às natas a Sangalhos de bicicleta
8.30 horas da manhã. De entre os três Antónios, só o Nuno se aprestou ao cumprimento do objectivo da semana (ida a Aveiro). Os outros dois (Pedrosa e Alves) tiveram impedimentos de última hora, devidamente justificados. Daí continuarem a ter direito a nata na próxima viagem, seja ela onde for!
Já o cognominado ‘Lenhador’, ontem tanto alombou (a rachar lenha? Não sabemos, mas também não é importante!) que hoje doía-lhe tanto o lombo que nem se podia mexer! Já o mais recente recruta (Botelho, o Miguel) levou sumiço tal que chegou a ponderar-se meter a PJ a investigar!
Assim, a saída foi quase britânica, isto é, à hora aprazada! O caminho fazia-se em direcção à Mamarrosa, via Ancas e Amoreira da Gândara. Iam os dois ‘sobreviventes’ em amena cavaqueira (tempo, piso, dificuldades do caminho, …) quando à entrada da Mamarrosa surgiu um entroncamento com um caminho de terra, vulgo macadame mas mal tratado. Muitos vão sempre surgindo, mas este foi notícia porque se designava por Travessa da Banda de Música! Sabedores da fama daquela Banda, não pudemos de estranhar que tão pouca honra lhe fosse feita em semelhante via! A não ser, concordaram os dois, que algum motivo recôndito houvesse e nos escapasse…
Pouco depois estavam os dois viajantes em plena EN 335 (Aveiro / Cantanhede) e concordavam que estar ali ou em Aveiro era quase o mesmo, pois o percurso era muito mais simples: quase completamente plano, sem grande trânsito, piso relativamente bom, apesar de algumas mazelas, … enfim, todos os requisitos para uma viagem de sucesso.
Pois… mas não há bela sem senão: ultrapassados Sobreiro (de Bustos), Palhaça, Salgueiro, Quintãs, já em plena Quinta do Picado (ou seja, quase às portas de Aveiro) a roda da frente da bicicleta do escriba de hoje mandou uma assopradela e agachou-se! Uma lesão descoberta então no pneu havia provocado mais um furo para a já longa colecção…
Trocar a câmara-de-ar foi relativamente simples, mas as condições do pneu levaram a desconfiar da viagem de regresso. Desse risco surgiu a ideia da segurança de um regresso de comboio. Encontrada a Estação mais próxima (Quintãs), tarefa que ainda deu que fazer, verificou-se que o próximo comboio seria só daí a mais de uma hora. Então há que arriscar e pernas a caminho, isto é, rodas a caminho!
De início a medo, depois com mais alguma desenvoltura, lá fomos percorrendo o caminho sem novidades. Excepção feita ao facto de optarmos por atravessar Oliveira do Bairro, evitando a Variante, pois havíamos passado por uma Brigada da GNR uns minutos antes. Mas o estado das obras naquela cidade (???) fez-nos proclamar bem alto: “Volta, Litério, estás perdoado!”. Boa parte do atravessamento de Oliveira foi feita apeado, a caminhar ou a correr, consoante as possibilidades.
O prémio surgiria em Sangalhos, não sem antes nos depararmos com a Viela do Faval. Nome muito mais adequado a uma rua daquela categoria, não acham?
E qual foi o prémio, qual foi?
Como ainda havia alguma disponibilidade de tempo, a nata desta vez foi saboreada mais tarde (11.30), deslocalizada (Sangalhos) e depois de 1001 peripécias. Por isso, pelo cansaço ou pelo verdadeiro valor, ficou assente que a nata da Flor do Trovisco estava deliciosa!
A chegada a casa foi também britânica, porque o Nuno chegou exactamente à hora prevista.
A viagem acabou por contar com quase 64 km, percorridos em quase 3h, à confrangedora média de 22.9 km/h (lê-se km por hora, segundo indicação de um entendido na matéria). Mas não dá para concluir se andei demasiado devagar na bicicleta, ou se corri demasiado depressa!!!…
GM 07:40 on 30/07/2012 Permalink |
Hoje deixo-vos apenas uma ligação um pouco a propósito:
http://ociclistaeb23anadia.blogspot.pt/2012/07/que-bom.html
silva1t 14:37 on 01/08/2012 Permalink |
eu gostava de saber se os meus caros cíclicos conhecem este sinal 😀
rui 21:03 on 01/08/2012 Permalink |
Quem dera k não conhecêssemos, pois teríamos evitado atravessar aquela selva que é Oliveira do Bairro. Bem nos apetecia vir pela variante, mas como a GNR nos tinha visto em Oiã, acabámos por sair, não fosse o Diabo tecê-las!…