Updates from Julho, 2012 Toggle Comment Threads | Atalhos de teclado

  • nunorosmaninho 17:23 on 22/07/2012 Permalink | Responder
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    22 de Julho de 2012 – Cantanhede 

    Tamengos, Casa do Lenhador, nove horas. Quem passa, distraído, por estas estradas da Bairrada, encontra facilmente anúncios a furos de água. Hoje, a surpresa do António Alves ao sair de casa e os recorrentes azares do Rui fazem pensar que o negócio chegou aos furos de ar. O regresso do Miguel Botelho ficou assinalado com um imaginativo percurso, feito a subir e a andar para trás. Os ciclistas ascenderam da Mata para Horta. E quando o viaduto da auto-estrada convidava à velocidade, voltaram à esquerda, acabando a travar às duas rodas na inclinação abrupta de Barregão. Puderam assim penar outra vez, moderadamente, até ao Bolho. Foi então que o Tó exprimiu uma cristalina sabedoria velocipédica: «Ladeiras boas são as que descem.» Não julgue o incauto leitor que o esforço durou muito. Transposta a fase inicial, caiu-se numa modorra tão descansada e sem pressa que o Lenhador exortou a que não nos encostássemos ao cangalho de dentro.

     
  • nunorosmaninho 18:32 on 11/03/2012 Permalink | Responder
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    11 de Março de 2012 – Mira 

    Tamengos, Casa do Lenhador, 11 de Março, 9 horas, 16 graus. Os biciclistas decidiram-se pela nata de Portomar, que se come na esplanada, ao sol. Eram seis, incluindo o robusto lenhador, que largou o machado para pedalar à frente do pelotão. Ele, que tem as respostas mais prontas que se conhecem, exerceu com brilho o seu repentismo, mostrando ser uma peça fundamental das viagens cíclicas. Só é pena que veja defeitos onde os não há. Explicações para isso? Aposto na seguinte teoria: exaltar primeiro e diminuir depois serve para cumprir o luto contido na rábula dos cinquenta por cento que nunca chegam a cinquenta e um.

    A grande notícia do dia foi a visão de uma verdadeira velodama, a dos tempos modernos, a do futuro, subindo a pequena ladeira de Presa. Merecia um prémio! Enquanto não vinham os cafés, teve lugar uma breve sessão periglicófila, da qual ninguém saiu ferido. Nesse interlúdio, só os mais atentos observaram um velocavalheiro idoso, de boné, deslizando devagar, com um braçado de couves atado no suporte. Mas todos, até os desatentos, viram três aviões. Sentados.

     
  • nunorosmaninho 15:40 on 19/02/2012 Permalink | Responder
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    19 de Fevereiro de 2012 – Cantanhede 

    Casa do estilhaçador de paletes, 19 de Fevereiro, 9 horas, três graus, sol, esplendor de Inverno. Oito bicicletas. Nada de pressas. Cantanhede fica ao virar da curva. Quem de Tamengos segue para Ventosa, encontra, antes de Barregão, um caminho asfaltado que nos põe no Bolho em cinco minutos. Nunca lá vimos o famoso padre, que alguns conhecem da mitologia rural. Até à Pocariça são mais dois dedos de conversa, serpenteando por aldeias ininterruptas. E eis que a larga estrada de Cantanhede nos convida a acelerar. Os ciclistas, agradecidos, preferem manter a compostura. Prosseguem em rigorosa fila, garbosos nas suas calças de licra, gulosos das natas no café central. Todos querem a abundância, dando-lhe nomes diferentes. Conhecem as natas de chocolate, em Sangalhos?

     
    • Nuno 11:31 on 20/02/2012 Permalink | Responder

      O companheiro ciclista que tem desperdiçado o seu tempo com estes relatos escreve muito, mas não diz nada. Eu, por mim, contesto. Prefiro indicações claras, velocidades médias, a extensão dos trajectos. Não há, entre nós, quem o ensine? Que ideia é essa de contar bicicletas em vez de ciclistas? E será que todos envergavam calças de licra? Em nome da masculinidade, convém esclarecer que não. Já agora, gosto pouco que me chamem garboso. Abundância? Abundância de quê? Qual é o mito do padre de Bolho? Não encontrei nada no Google. Talvez o Zé Luís possa explicar.

    • Nuno 16:37 on 21/02/2012 Permalink | Responder

      Impossibilitado de alardear a sua veia repentista, por estar ocupado a esmiuçar um pinheiro gigantesco, o senhor José, nosso estimado concidadão ciclista, encarregou-me de informar que o memorável padre de Bolho ficou conhecido
      pelas inusitadas protuberâncias. Instado a ser mais preciso, ameaçou-me com a motosserra. O mau feitio de sempre! (Alegou, depois, que estava apenas a apontar.)

    • silva1t 18:00 on 21/02/2012 Permalink | Responder

      Sangalhos é longe…dúvido que, com a parca preparção obtida em passeios anteriores, os ciclícos consigam degustar essa iguaria! esperemos então…

    • Miguel 17:52 on 22/02/2012 Permalink | Responder

      Sangalhos parece-me perfeito!! Já que devido ao meu estado febril, domingo não irei andar com os meus caros ciclícos e assim Sangalhos é bem pertinho para me deslocar e não deixar de degustar essas natas de chocolate e poder conviver um pouco.

    • Rita 15:36 on 26/02/2012 Permalink | Responder

      Adoro a linguagem cara que faz com que as pessoas mais pequenas não percebam nada do que lá está escrito…

    • silva1t 09:42 on 28/02/2012 Permalink | Responder

      Estes cíclicos… isto de escrever e ter que pagar pela linguagem cara… já basta pagar sempre em tudo o que fazemos!

  • nunorosmaninho 07:36 on 05/02/2012 Permalink | Responder
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    Primeira saída com blog – Luso 

    Domingo, 5 de Fevereiro, nove horas, sol, dois graus negativos. Rumo: Anadia, Vila Nova de Monsarros, Luso, Museu Militar, Luso, Pampilhosa, Mealhada, Anadia. O frio não afastou os companheiros de estrada, que vimos descendo a toda a velocidade, quando a nossa tarefa era subir, e subindo penosamente, quando alegremente descíamos até à pastelaria para pôr a conversa em dia e arguir sobre a problemática do pastel de nata. Nada tendo concluído, ficámos de retomar a discussão na próxima semana.

     
    • silva1t 23:11 on 21/02/2012 Permalink | Responder

      Com o frio que se fazia sentir só podia sair um blog cíclico com cíclicos ciclistas de mentes cíclicas…

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