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  • ruigodinho1962 17:50 on 24/07/2023 Permalink | Responder  

    Mais um milagre de Fátima 

    Fátima, 22 de Julho de 2023

    (Quem conseguir ler até ao fim merece um rebuçado…)

    Falar em Fátima desencadeia, por norma, três reacções bem distintas: a Fé católica, o cientismo negacionista e a visão parcelar.

    Do primeiro grupo encontrámos vários milhares de exemplares, tanto no recinto do santuário de Fátima, como a caminho dele. Ao segundo, pertence um certo colega, cujo motivo para não nos acompanhar no percurso cíclico a Fátima era exactamente não acreditar.

    E depois há um terceiro grupo, mais ou menos generalizado, que prefere fixar-se em certos atributos de uma qualquer Fátima… Este grupo permite a inclusão simultânea de elementos dos outros dois grupos.

    Vem toda esta retórica a propósito de três cíclicos, reunidos num estacionamento da Mealhada, de onde encetaram uma viagem épica de mais de 200km.

    Não que tenha sido a primeira vez, porque o nosso Vendedor já transformou esta viagem numa tradição, que cumpre anualmente, sozinho ou acompanhado.

    O Escrivão de recurso já o fez, mas de forma intercalada, sendo as faltas atribuíveis a motivos de saúde. No presente ano, ainda vítima do mau estar causado pelo malfadado covid, as forças andam muito desmaiadas, mas alinhou desde a primeira hora na proposta do Vendedor.

    Há dois anos, minha última participação, éramos quatro; no sábado fomos três. Nos tempos cíclicos que correm, uma multidão!

    O primeiro objectivo, para a tradicional nata, era o mesmo local de há dois anos, na Serrazina (pouco depois de Condeixa). Estava encerrado e parámos na Casa da Júlia, pouco depois. Não muito longe de dois locais de grande interesse turístico: a Senhora do Círculo e as Buracas do Casmilo. A visitar, seguramente!

    Próximo objectivo: Pombal. Antes, foi feita a verificação de que o Tinto se mantém no mesmo sítio. Contudo, por motivos desconhecidos, desapareceu o garrafão que costumava estar pendurado na placa toponímica! Alguma campanha antialcoólica? Manobra de adoradores de bebidas mais brancas? Simples esquecimento ou desleixo? Não sabemos…

    Da viagem para sul não há muito a contar. Passado Pombal tivemos a sorte de uma folga no trânsito, que nos permitiu entrar na estrada alternativa dos peregrinos à vontade. Único apontamento de reportagem: um furo na roda de trás da bicicleta do Periglicófilo. Pequeno, mas eficaz!!!

    Foi nessa altura que ele se lembrou de uma praga rogada na véspera, por uma qualquer bruxa de trazer por casa, de que iria sofrer três furos. Felizmente que já não há bruxas como antigamente e a praga apenas cumpriu cerca de 33,3% de eficácia.

    Mais adiante alguns quilómetros, uma localidade que tudo tinha a ver com os três cíclicos: Leão!!

    Com mais ou menos sobe e desce, lá chegámos ao ponto do sobe. Dos Olivais até Fátima, 9km de subida quase constante! Suave de início, mas agravando progressivamente os ângulos de inclinação. Mas… lá chegámos!

    Havia mais movimentação do que em anos anteriores, incluindo algumas equipas identificadas com as bandeiras de países dos PALOP. Já seriam preparativos para as Jornadas Mundiais? Talvez sim… Não fazemos ideia. O facto é que a foto foi dupla, com dupla perspectiva, incluindo a estátua de João Paulo II.

    Tal como há dois anos, voltámos a parar no Café Pastelaria Alegria. O serviço mudou, para melhor… Curiosamente, o dono do café tem o mesmo nome próprio do presidente Zelensky, da Ucrânia!… Se é que me faço entender!… As bifanas também eram excelentes…

    Quem não pedala por sistema é facilmente levado a concluir que um regresso é o inverso da ida e que as dificuldades se tornam facilidades e vice-versa. Mas nem sempre assim é! Basta dar o exemplo da tal subida de 9km, que se transformou em descida de 9km, mas onde o vento contrário obrigou a pedalar boa parte do percurso, sob risco de as bicicletas pararem. Ou quase…

    Uma das situações mais marcantes de toda a viagem ocorreu, salvo erro, na Caranguejeira. A Constante pujança do Vendedor levou a que se destacasse bastantes metros à frente dos dois colegas, que penavam na tentativa de o acompanharem. Infrutiferamente… Com ele fora do nosso alcance visual, eis que surge em sentido contrário, a uma pedalada bem apreciável, uma jovem muito bem dotada em todos os parâmetros de avaliação. Um sorriso simpático alegrou a nossa rastejante pedalada…

    E eis que surge, poucos metros atrás, o nosso homem das forças, desarvorado, como se tivesse começado a pedalar naquele momento! Perguntámos se ia voltar a Fátima. Vinha sem voz. Apenas balbuciou umas palavras… Percebemos que a moça o terá saudado e o Vendedor apenas terá conseguido responder: “Boas!!!…”

    Alguns quilómetros mais tivemos que parar no Autocarro Bar. Faltava água e forças também. Depois de uns 120 km tornava-se penoso, quase insuportável, as sucessivas rampas com inclinações entre os 8 e os 13%.

    Mas a marcha continuou, inexorável. Cada km percorrido era menos um para o fim. Por isso, foi com bastante alívio que parámos também, como há dois anos, na Flor de Trigo, um bom bocado para cá de Pombal. O atendimento também foi excelente e eram mesmo boas! As bifanas…

    No sentido inversamente proporcional ao aumento da distância percorrida estavam as nossas forças. As dúvidas sobre a capacidade de vencer tanto caminho que tínhamos pela frente eram imensas. A posição em cima da bicicleta era progressivamente mais desconfortável. Os olhos ardem com a transpiração, mesmo com os óculos retirados.

    De Pombal até à descida para Coimbra são muitas as subidas, poucos e curtos os pontos de recuperação, aproveitados inevitavelmente para não fazer rigorosamente nada senão deixar a bicicleta deslizar, mesmo que devagar.

    Parámos novamente na Casa da Júlia, para mais umas bebidas refrescantes, incluindo água enriquecida com múltiplas bolas de gelo. O calor não era nenhum, comparado com os relatos do ano passado, mas chegava bem para todos!

    Quando se chega àquele ponto em que até Coimbra é sempre a descer só uma ideia nos assalta: já só falta uma subida áspera. Mas… e que subida!… Esquecendo isso, convidámos o Hermínio para comparecer no Retiro dos Leitões, pois seria a nossa última paragem. E como ele mora lá pertinho…

    A tal rampa, que nos transporta (salvo seja!…) até Trouxemil é brutinha só por si; com mais de 180 km pedalados e dores por tudo quanto é sítio tornou-se um inferno. Mas estoicamente percorrido, metro a metro, nunca virando a cara à luta! É no fim das maiores adversidades que se obtém o prazer das maiores vitórias.

    A sandes de leitão no Retiro soube a pato, mas mesmo que não fosse assim seria excelente.

    Até à Mealhada foi só ligar o piloto automático…

    Mas o dia ainda terminaria com o Escrivão improvisado e a sua filha Inês a assistir a um belíssimo espectáculo de Noiserv, no relvado do Parque do Luso!

    Para o ano há mais, está combinado.

     
  • ruigodinho1962 23:48 on 20/06/2023 Permalink | Responder  

    Vale mais ter amigos do que dinheiro no banco 

    Estarreja – Torreira – S. Jacinto – Costa Nova, dia 17 de Junho de 2023

    A história desta volta começa, na realidade, no fim da volta anterior, no Domingo dia 11: o Físico e o Periglicófilo haviam escoltado o Vendedor a casa. Já próximo de Tamengos o Periglicófilo desconfiou ter uma roda furada, o que o Físico confirmou. Como o furo era lento, umas bombadas lá nos cabeços e outras quantas já em Tamengos permitiram que a roda chegasse a casa não vazia.

    O Cíclico dos pacotinhos de açúcar tinha passado imenso tempo sem sofrer um furo e eis que teve que desmontar a roda traseira e resolver a situação…

    No dia aprazado, pelas 8.30h, estavam três sportinguistas numa casa de benfiquistas, local de encontro para a quase totalidade das passeatas cíclicas. O destino era a Torreira, tal como acontece todos os anos, pese o perigo de certas rotundas provocarem fracturas de tacículas…

    De vez quando o Periglicófilo sentia um solavanco a cada volta da roda traseira. Pensou: Bolas! Deixei o pneu mal montado. Mas pronto… Agora aguenta e é se queres!!!

    Tudo corria de forma ortodoxa, o que equivale que vai entro das regras ou, melhor ainda, sem quaisquer chatices. A paragem em Estarreja, numa confeitaria com dono conhecido do Vendedor, foi agradável. Serviu de reforço alimentar, dispensando-se a tradicional nata, pois havia a perspectiva de o almoço ainda demorar.

    Já para lá da Murtosa, quando a filinha de pirilau se impunha por algum vento contraditório, o Periglicófilo obedeceu repentinamente à ordem de paragem emanada pelo Vendedor: Já viste como tens a roda de trás?

    Pois… não tinha visto. Não me era tecnicamente possível… só parando mesmo. E eis que foi desvendado o mistério dos solavancos: o pneu apresentava uma mossa já considerável e, como se costuma dizer na gíria, estava literalmente nas lonas!

    Seguimos, após retirar um pouco de ar da roda. A ideia seria tratar da situação na Torreira, talvez a uns 10 km. Caso não fosse possível, aplicava-se o Plano B: trocar os pneus, pois a roda da frente recebe menos pressões.

    Só que o Peninha iniciou, entretanto, uma conversa por telemóvel. Obviamente que não fazia ideia do que se tratava, pois não era assunto que me dissesse respeito. Mas… engano meu! Este colega cíclico falava com o irmão de um seu colaborador laboral, residente na zona de Avanca e profundo conhecedor do mundo das bicicletas. Esperámos uns 15 minutos ainda antes da Torreira e eis que em três tempos a bicicleta estava operacional!!!!!

    Quanto não vale ter bons amigos, não é verdade?

    O almoço (frango de churrasco que se deixou comer…) foi já em S. Jacinto, mesmo a tempo do ferry para o Forte da Barra.

    Paragem seguinte: Mercado do Costa Nova. Umas cabritas cegas, para acompanhar um fino e muita conversa do Vendedor em busca de várias pessoas conhecidas.

    Numa esplanada vizinha, as cabras acabaram por ser acompanhadas por uma excelente sangria. Não se queixaram da companhia, mas as pernas não acharam grande piada. Ainda assim, aguentaram mais um bom período de acção, viradas à Vagueira e Poço da Cruz, tomando um percurso que tantas vezes fazemos ao Domingo.

    Houve ainda tempo para visitar um amigo, em Torres / Poutena, que nos ofereceu um panaché. Os motores já estavam a gripar e um pouco de lubrificante veio a calhar para aguentar o resto da viagem.

    Mas antes de sairmos ainda tivemos tempo de assistir a um dos mais extraordinários golos já vistos no Futsal, senão o mais extraordinário!

     
  • ruigodinho1962 22:40 on 26/04/2023 Permalink | Responder  

    Quais natas, qual carapuça!!!
    Buçaco e arredores, 25 de Abril
    As voltinhas do dia foram o possível: perante tão poucos interessados, saiu dos planos uma ida à Figueira da Foz. A alternativa passava por uma abordagem ao Buçaco. Cruz Alta? Nim… Logo se veria.
    Atendendo ao percurso, foi o Físico quem aguardou pelos restantes cíclicos, o que levou a iniciarmos a sessão com um aquecimento via Vale da Mó, com passagem por Algeriz, Salgueiral e Monte Novo.
    Algures nesse percurso os cíclicos tiveram duas visões interessantes, uma que é facilmente documentada pela imagem (que já não me lembro como se coloca aqui! Mas hei-de conseguir…), mas a outra, dupla, de que é melhor não falar…
    A paragem seguinte deu-se já nos semáforos do Luso, onde as constantes indecisões destes momentos foram reduzidas a procurar uma nata ali mesmo, naquela vila termal.
    Mas o nosso ladino Vendedor, homem de múltiplos conhecimentos, alertou-nos para a existência de um espaço, dentro do Mercado do Luso, que conseguiria juntar duas vantagens: um belo serviço para fornecimento de natas melhores do que no local habitual.
    E eis três velocípedes a entrar pelo Mercado dentro, com o Vendedor a assumir o estatuto de Prof. Marcelo, já que eram muito escassas as pessoas que ele não conhecia!
    O serviço era realmente muito bom, mas não pudemos averiguar da qualidade das natas, pura e simplesmente porque não havia. Na vitrina, apenas quatro pastéis. Como apenas um não era de massa folhada, coisa que dispenso muito bem nas minhas degustações, reservei logo o outro. Não sabia o nome. A menina disse que era um “éclair”, mas aberto ao meio, no sentido longitudinal, deixando ver uma reluzente quantidade de chantilly e alguns fios de ovos. Acrescentou que aquele pastel também era conhecido por outro nome, mas que não o podia dizer! Todos partilhámos um sorriso, mais ou menos maroto, pois imaginámos que não sairia coisa boa dali…
    Já na mesa da esplanada, a menina, com um olhar cúmplice, mas também malandreco, segredou-nos o nome do pastel, segundo a classificação dada pela própria dona da pastelaria. O nome é demasiado brejeiro e impróprio para ser divulgado publicamente. Fica ao sabor da vossa imaginação…
    Mas foi confirmado pelo enésimo conhecido do Vendedor, entretanto saído do talho onde preparava as carnes para hoje.
    Voltámos pela Pampilhosa, onde decidimos escoltar o nosso Prof. Marcelo a casa. Conhecemos caminhos novos, descobrimos que a Vimieira não inclui apenas as ruínas da Villa romana designada por Cidade das Areias, mas também uma boa rampa para quem gosta de subidas!
    Depois de um brinde em casa do Vendedor e de uns bons minutos de conversa, reparámos que era hora de voltar para casa. E ainda bem, porque este texto ficaria com uma dimensão intragável!

     
  • ruigodinho1962 22:50 on 06/09/2021 Permalink | Responder  

    Podia ser de Basquetebol (mas não era)… 

    Portomar e Cantanhede, 5 de Setembro de 2021

    Eram cinco cíclicos. Podiam formar uma equipa de Basquetebol. Ou de Hóquei em Patins… Mas não! formaram a primeira equipa ou pelotão do pós-férias.

    Todas as formalidades seguiram o protocolo usual, com troca de mensagens na véspera e encontro, com cavaqueira, no eterno Patrocinador. Da mesma forma, nos cafés oferecidos e, alguns, degustados. E nas pedaladas até às natas (e pastel de feijão) de Portomar e daí até casa, com passagem por Cantanhede.

    Por norma, em cada viagem cabem os mais variados temas, ou não fossem os cíclicos uma bela trupe de tagarelas, que falam alto e raramente se ouvem uns aos outros. Efeitos das velocidades vertiginosas atingidas!!!…

    Ainda assim, sem nada de extraordinário para assinalar, cabe aqui uma situação (mais uma vez!…) que o Periglicófilo tem repetidamente aflorado: à saída para Cantanhede, pedalando destacado do pelotão a uns incríveis 19 a 20 Km/h, não conseguia obter a companhia dos seus colegas; bastou passar um par de cíclicos, absolutamente desconhecidos, para partirem todos em perseguição feroz. O Periglicófilo viu o seu estatuto passar de fugitivo a perseguidor enquanto o Diabo esfrega um olho!!! E pequeno!!!… A 20km/h não era alcançado; a 31km/h via os colegas fugir lá adiante!!!

    Mas logo todos se juntaram em pelotão, como sempre! No fim, o que conta é que todos formamos uma equipa, não de Basquetebol ou Hóquei, mas de Amigos que gostam de pedalar. E conversar alegremente…

     
  • ruigodinho1962 11:58 on 30/08/2021 Permalink | Responder  

    Vem lá mais um feito heróico! 

    Portomar, 22 de Agosto de 2021

    Tal como eu disse na semana que vem, hoje ficou este Escrivão improvisado avisado de que decorrerá uma viagem cíclica, de pai e filho, a Fátima. Foi no próximo Domingo, ou seja, será ontem.

    Estes Domingos de Agosto têm sido muito desgarrados, no que à participação dos sócios da nata diz respeito. Não é de estranhar, nem muito menos de alarmar. Os números oscilam entre um e dois participantes. Excepto no próximo Domingo, onde houve pelo menos quatro cíclicos.

    Presume-se que no próximo Domingo, que é como quem diz daqui a duas semanas, haja mais pardais no bando. Hoje, ou na semana passada (escolham!), como já todos perceberam, porque são demasiado inteligentes, pedalou também o Vendedor. Para além da informação da volta a Fátima (que fará na companhia do Ruben. Ou melhor, já fez…), este esforçado pedalante narrou algumas das ocorrências das duas semanas de que usufruiu na Altura / Alagoa. Mais não provocou senão alguma inveja a quem se limitou a passar uma semana na capital do peixe espada, onde as águas dariam para substituir o frigorífico na conservação de alimentos e bebidas! Exceptuando uns dias onde não estavam geladas, mas apenas muito frias…

     
  • ruigodinho1962 11:44 on 30/08/2021 Permalink | Responder  

    Volta Física 

    Portomar, 29 de Agosto de 2021

    Uns por isto, outros por aquilo e ainda outros por aqueloutro, restaram dois cíclicos para o assalto à nata de Portomar: como o título faz adivinhar, compareceu o nosso Físico e o Escrivão substituto, que teima em trazer ‘sticks’ Bellissimo, mesmo já os tendo em doses elevadas.

    Atenção que dois dos membros apresentaram uma folha de serviços bem mais elaborada, com uma visita ao recinto de Fátima. Consegue ver-se a imagem da Nossa Senhora lá no topo daqueles pinheiros. Ou então sou eu que estou a ver mal…

    Já a voltinha a Portomar nada trouxe de excepcional, seguindo a velha rotina do encontro no Patrocinador, de 25 kms para lá em ritmo morno e retorno ainda um pouco mais morno. Deu para colocar a conversa em dia, com as mais variadas temáticas, desde o serviço escolar à política, passando por outros temas que, igualmente, não interessam nem ao Menino Jesus.

    Domingo será o primeiro em Setembro, logo deverá reabrir a época para este grupo cíclico. Ya marhaba (يا مرحبا!)!!!

     
  • ruigodinho1962 22:27 on 01/08/2021 Permalink | Responder  

    Outro tranglomanglo 

    Portomar / Cantanhede, Primeiro de Agosto de 2021

    Pelos mais variados motivos, o nosso pelotão ficou reduzido a três elementos: o Físico e o Peninha, para além de mim. Em época de férias, tal torna-se natural. Por essa mesma ordem de razões, alguns não presentes de hoje (não posso de todo chamar-lhes faltistas) estarão presentes em próximos Domingos, sendo a inversa decerto muito verdadeira.

    Destes três elementos, houve um que fez jus ao nome, tal foi a forma como ia deslizando pelas estradas bairradinas e, sobretudo, gandaresas, qual peninha soprada pelo vento. O Físico e o Periglicófilo, eu, como sabem, iam tentando acompanhar dentro das suas limitações. Valeu a paciência do Peninha…

    O itinerário esteve momentaneamente vocacionado para uma ida à Praia de Mira, mas foi reconvertido num circuito já bem tradicional, o triângulo Mata / Portomar / Cantanhede / Mata.

    Esta escolha viria a apresentar um pequeno problema: esplanada de Portomar repleta, sala também, espera um pouco longa por uma mesa livre. Decerto que o tempo de espera teria permitido a chegada à praia, já que atingiu perto dos 20 minutos; todavia, não teria permitido degustar a que poderá ter sido a melhor nata das nossas paragens no Arcada. De tal forma que foi precisa muita presença de espírito para não cairmos na tentação de uma dose dupla.

    Foi ainda com reminiscências da nata que se iniciou o retorno da viagem, com passagem por Cantanhede. Apesar de parecer um desvio enorme, afinal implica apenas um aumento de cerca de 10 quilómetros no percurso total. Ensaiámos uma versão reduzida da fila em pirilau; resultou bem, embora várias circunstâncias tenham impedido maior insistência em velocidades superiores a 30 km por hora. Ainda assim, uma hora e meia bastou para efectuar esse percurso.

    Para a semana há mais. Com uma equipa diferente mas, tal como a de hoje, bem abnegada!

     
  • ruigodinho1962 22:53 on 19/07/2021 Permalink | Responder  

    Os Cinco e a Missão Dupla 

    Luso e Cantanhede, 11 e 18 de Julho de 2021

    Não sei qual de nós se chamava Tim, mas nenhum era cão, seguramente. Éramos 5 num Domingo e no outro também. O verdadeiro Escrivão não conseguiu estar presente, sobrou para este escrivão improvisado, que teve a honra de ser acompanhado pelo Vendedor, o Peninha e o Físico, para além do Rúben (a 11) ou do Motard (a 18).

    Do Patrocinador resolvemos retornar aos ares da serra, na Flor do Luso. Mas viajando pela Pampilhosa, o que Físic(amente) não foi muito positivo, mas para os outros todos até foi!

    A nata da Flor do Luso era simpática, a contrastar com a funcionária que nos atendeu, que devia estar em dia não. Mas como fomos ali comer natas e pastéis de feijão…

    A propósito, queria aqui pedir desculpas públicas aos pastéis de feijão deste país, eternos descriminados por este grupos de cíclicos, que sempre esquecem que o nosso Peninha lhes faz a justa e devida homenagem semanal. E nem interessa se é de feijão preto ou branco ou de outra cor qualquer!!!

    A viagem por Monte Novo e Salgueiral permitiu usufruir de uma estrada nova, mas algo traiçoeira, devido às terras e cascalho que surgiam por quase todo o caminho.

    Como alguns de nós estávamos severamente condicionados pelas horas de regresso a casa, deixámos a subida à Junqueira para outro dia mais adequado.

    Entretanto, fomos reforçando a convicção de que a pedalada até Fátima se vai mesmo realizar no sábado, dia 24. Dúvidas, e muitas mesmo, subsistem quanto à capacidade de um retorno pelos mesmos meios. Fala-se de poder surgir apoio motorizado em caso de falência técnico-muscular… A ver vamos, como diz o cego…

    A segunda missão dos Cinco foi ontem, muito mais plana, visto que retomou o percurso Nova Cidade / Portunhos / Cordinhã. Mesmo assim, a média final foi inferior à anterior. Juntou-se a fome com a vontade de comer: um Físico que sofreu alguns problemas de origem não identificável, que o tornaram um pouco mais lento, e um Periglicófilo que quase o acompanhou, devido a uma lesão coccígea, contraída numa sessão de ski descalço no chão da sua própria cozinha. As forças foram faltando nas pernas, que não respondiam ao dono, fazendo-o temer pelo sucesso da visita à filha de Maomé e de Cadija.

    Mais uma vez parafraseio o cego…

     
  • ruigodinho1962 22:13 on 27/06/2021 Permalink | Responder  

    Voltou o Benjamim 

    Águeda, via Bolfiar, 27 de Junho de 2021

    Tocaram uma rumba dancei com ela
    E num passo maluco voamos na sala
    Qual uma estrela riscando o céu!
    E a malta gritou: “Aí Benjamim!”

    (Sérgio Godinho, “Namoro”)

    Já imagino os nossos milhares e milhares de leitores (imaginários, claro…) a perguntar: o que faz aqui uma quadra de uma cantiga de Sérgio Godinho?

    Tirando o facto de o Sérgio ter o meu apelido, nada!!!

    Ah! E porque está no título a falar do Benjamim… Quem é o Benjamim? É o Gonçalo, por ser o mais novo (no vinho, diria mesmo, embora só beba agua!).

    Pois é! Voltou a pedalar connosco hoje! Não tenho a certeza, mas penso que a última volta partilhada tinha sido a 1 de Maio, na volta do Dão. Ainda tinha 15 anos!!!

    Para além disso, a logística da volta de hoje foi complicada! Sobretudo quando os nossos cíclicos se depararam com alguma chuva ao acordarem. Surgiram as mensagens de desânimo, alguma revolta porque o São Pedro gosta muito de regar o jardim ao Domingo, mas rebati, lembrando que tinha previsto essa nebulosidade ontem, mas que deveria levantar.

    Convencido o Vendedor e sabendo-se que o verdadeiro Escrivão ia para a tábua de aço, este propôs mudarmos a volta para o interior. E trocámos a rotunda de Vilarinho pelos fornos do Patrocinador como ponto de encontro. Assim o Motard e o Físico também se disponibilizaram. E o Gonçalo idem.

    Último ponto de encontro: casa do Motard. Daí fizemos a volta tradicional até Águeda, via Boialvo e Bolfiar. Sobe e desce do costume. Até chegarmos a Águeda e, uma após outra, encontrarmos as confeitarias todas fechadas. Até nos aparecer a Mica-Vina, com natas sofríveis, mas que permitiram matar o vício a quatro dos cinco, visto o Gonçalo manter o abstencionismo à nata!

    De registar, ainda, que a entrada em Águeda se deu com a saudação por um monumento que parecia dirigido a nós e um incentivo à nata!

    (https://www.google.com/maps/@40.5731303,-8.4377897,3a,15y,230.55h,84.61t/data=!3m6!1e1!3m4!1sIVOj5Jn0Y8PavKbF09bSZw!2e0!7i13312!8i6656)

    E, por fim, mas não menos importante, foi aflorada a nossa ida a Fátima. Verificámos os fins de semana disponíveis em Julho e surgiu 18 e 25. De início a tendência era para a primeira data, depois já ia mais para a segunda. Daria mais tempo de preparação…

    Vamos colocar isso no nosso bloco de tarefas!

     
  • ruigodinho1962 15:19 on 18/04/2021 Permalink | Responder  

    Pelotão dinâmico 

    Cantanhede, via Portomar, 18 de Abril de 2021

    O pelotão inicial foi maior do que há uma semana, passando de três para quatro elementos, com o retorno do Peninha, que muito se saúda. Ainda não regressaram, por motivos válidos, o Motard e o Escrivão oficial; nem o Enólogo, que insiste na manipulação de certas geringonças ao Sábado e o tornam incapaz de pedalar ao Domingo. Mas pedala à Quarta-feira, como gente grande, conquista que eu próprio posso asseverar.

    O Patrocinador sempre insiste em oferecer um café; quase todos recusam educadamente, pelos mais variados motivos. Quase, porque o Vendedor aproveitou a ocasião para colocar a máquina em funcionamento. Ofereceu aos colegas, mas retirou a oferta porque, nas suas sábias palavras, não tinha mais moedas para pôr na máquina.

    A dinâmica do pelotão mede-se mais em termos quantitativos do que qualitativos. Eu explico: as velocidades praticadas são do tempo dos saldos. Ainda estamos todos a sacudir a ferrugem dos engonços. Já se notam progressos, que só com insistência, persistência e sacrifício poderão levar aos objectivos pretendidos.

    A quantidade, essa sim, variou. Ainda antes dos Corticeiros anexámos um jovem solitário, porque o seu suposto companheiro cíclico não estava disponível. Acompanhou-nos durante todo o restante percurso, mas não na nata, por alegada incompatibilidade com o o consumo de alimentos durante as suas pedaladas. De Tamengos seguiu, apenas já com a companhia do Físico, para a sua Avelãs de Cima. Poderá ser um novo cíclico, sempre que tenha disponibilidade e vontade de acompanhar este grupo mais ou menos entradote na idade.

    Se o neófito Gonçalo colocou em cinco o nosso pequeno pelotão, no percurso de Mira para Cantanhede houve o acréscimo de novo elemento. Mas companheiro de várias andanças, agora a pagar caro a sua falta de ritmo. O Hermínio pareceu já não acreditar nas suas capacidades, algo que rebati com a firmeza que me era possível e que tentarei colocar em prática em saídas durante a semana, com ou sem Enólogo.

    No próximo Sábado haverá, com algum grau de probabilidade, actividades enológicas no stand de Tamengos. O Sábado seguinte será também o feriado do Primeiro de Maio. Dia de Assalto… Mas as condições físicas para esse desafio não são as mais adequadas. Que tal uma voltinha mais suave? Dão? Tomar? Temos que ir alargando os horizontes, se pretendemos comer pão com Manteigas, no mínimo.

     
    • topedrosa 15:50 on 18/04/2021 Permalink | Responder

      Falta saber como foi o teste do Peninha e quem foi o depenado nas natas.

    • ruigodinho1962 16:00 on 18/04/2021 Permalink | Responder

      Verdade! O Peninha chegou cansadito a casa, mas cumpriu sem oscilações todo o percurso. Acredito seriamente que nos acompanhará com assiduidade a partir de agora.
      O depenado foi o Vendedor. Três natas e um pastel de feijão preto, pagos por ele por insistência própria.

    • nunorosmaninho 15:03 on 20/04/2021 Permalink | Responder

      Eliziário Camelo, o Orlando e o Capitão integraram um pelotão de seis ciclistas que foram da Curia a Fátima no passado sábado, dia 17. De acordo com o Strava, saíram às seis da manhã e andaram 123 quilómetros. Parabéns à ciclista e aos ciclistas.

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