A 16.ª etapa, entre Aveiro e a Figueira da Foz, ma distância de 103,9 quilómetros, deu ao atleta desta cidade, Alves Barbosa (pai) uma vitória saborosíssima e a Joaquim Rosmaninho, que chegou em 11.º lugar, a oportunidade de passar em glória por Anadia, de cujo concelho era natural. Não esqueçam que Rosmaninho envergava o equipamento do clube desta vila. A Voz Desportiva diz que chegou em 10.º lugar, alude à vitória de Alves Barbosa na sua terra e atribui a Joaquim Davim «uma óptima corrida, classificando-se com o mesmo tempo do vencedor.» E o Rosmaninho? Nem uma palavra! Hei-de protestar com J. Branquinho de Carvalho. Valha-nos o jornal de Anadia, que publicou uma preciosa reportagem. Uma vez que trasladei há três anos, resumo-a? Ou transcrevo-a porque os leitores não sabem do que estou a falar? Vai a transcrição. A prosa é boa e o espaço é barato. Segue-se portanto a notícia do trânsito dos corredores por Anadia na perspectiva do jornalista de A Ideia Livre:
«A sua passagem estava anunciada para as 14 horas e às 13 já se via um movimento grande de pessoas que chegavam dos lugares próximos.
À hora anunciada, desde o café Dias Moreira, ao cimo da Avenida José Luciano, estavam as margens da estrada repletas de público e muitos automóveis, que pelo atraso da largada em Aveiro, tiveram de esperar para mais tarde.
E, impacientes, esperavam…
Perto das 16 horas, na cabine telefónica 2, era anunciada a passagem dos concorrentes em Sangalhos.
O povo correu aos lugares primitivos e começaram a aparecer os primeiros carros e motocicletas da caravana, até que umas vozes anunciaram alegremente:
– Lá vêm eles!
– Vêm todos juntos!
Era um pelotão de seis corredores, comandado por Rosmaninho.
Começaram, entusiasticamente, os “vivas” ao corredor anadiense, que seguia Barbosa, por ter afrouxado supondo que paravam.
Rosmaninho numa “puxada” tomou novamente a dianteira e seguiu na Avenida José Luciano, querendo distanciar-se.
Trindade ainda não tinha passado e a assistência feminina estava desinquieta! Até que após dois minutos do primeiro, ele passou por entre grandes aclamações, mas ele, relembrando as suas melhores impressões que levou do povo de Anadia quando da “Volta às Termas”, agradece animadamente.»
«A Direcção do Anadia Foot-Ball Club, na persuasão que os ciclistas parassem, por uns instantes, – como tinha sido combinado em Aveiro –, o que não sucedeu por passarem em pelotão, preparou uma mesa com o melhor espumoso da região, a fim de os corredores se dessedentarem.
Ao Rosmaninho, vai ser oferecida pela rapaziada local, uma artística medalha em ouro.»
topedrosa 18:49 on 31/12/2016 Permalink |
Para a veracidade dos factos relatados pelo Escrivão, fiz agora os poucos quilómetros que faltavam para ter uma conta quase certa. Fiquei-me pela capicua 5005. Menos 1000 do que o ano passado. Nem sei bem se o ano passado foi bom ou este fraco. No final de 2017 logo veremos para que lado a balança inclina. Que haja muita pedalada, sempre em boa companhia. E como diria o outro, há mais vida além dos números.
Feliz ano 2017 para todos.
nunorosmaninho 22:47 on 31/12/2016 Permalink |
Boas entradas! Boas pedaladas! E que a serra da Estrela esteja connosco.
Graça Matos 23:40 on 04/01/2017 Permalink |
Para quando a escala do Pico? É mais alto e eu gostava muito de visitar os Açores…
Um ano muito feliz, com muita pedalada!