26 de Agosto de 2012 – Mira
Curia, Casa do Escrivão, nove horas. Conheci alguém que dizia mui sabiamente que tradição é apenas uma inovação que durou mais tempo. Agora que pus o estimado leitor a pensar, permito-me distraí-lo para o facto de não haver tradição sem continuidade. E assim, enquanto uns cíclicos se estendem na praia e outros se desculpam com aniversários, dois resistentes tradicionalistas atiraram-se às excelsas natas de Portomar. Pensaram que talvez já pudessem atravessar Vilarinho sem sobressaltos. Enganaram-se, inflectiram para o Bolho, foram até Cantanhede, aceleraram violentamente para Mira e voltaram pelo Montinho, com sua Rua da Ladeira e seu lago agora desolado, seco.
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